Ryan speaqui inglixi !!!???
Vejam só um trecho do diálogo travado entre Ryan Gracie e Wallid Ismail, no programa Sérgio Mallandro: Wallid: Pô, parabéns para o Renzo, lutou muito bem contra o Sakata, só tenho a admirá-lo!!! Ryan: É, vê se tú aprende alguma coisa vendo meu irmão lutar, "paraíba". Gracie é isso aí, vai pra finalizar!!! Wallid: Como é que eu vou aprender alguma coisa, com um cara que eu já vencí, "meu irmão"??? Ryan: Você usou quimono preparado, e eu não sou "teu irmão" não, "brother"!!!!!
Wallid x Família Gracie
Breve relato sobre as vitórias de Wallid Ismail sobre Ralph, Renzo e Royce Gracie:
Wallid x Ralph: Aconteceu na Copa Rio Sport Center, a cerca de 8 anos atrás, quando ambos eram faixa-marrom. A luta foi 2 x 0 para o Wallid, com uma passagem de guarda (na época a passagem de guarda valia 2 pontos). Decisão polêmica, já que muitos acharam que o Ralph deveria ter ganho 2 pontos por uma queda. Nesta época, o Wallid era 5 Kg mais pesado que o Ralph.
Wallid x Renzo: Aconteceu em 1993, no ginásio do Flamengo. Se não me engano, o Wallid ganhou por 6 x 0, com 3 passagens de guarda. Neste dia o Wallid pesou 5 Kg a mais que Renzo e utilizou um quimono com a gola exageradamente reforçada, o que impedia renzo de estrangular (a mão não fechava). O Renzo pegou as costas do Wallid diversas vezes, que por sua vez preocupava-se apenas em defender os ganchos, já que ele sabia que o estrangulamento seria impossível. Dessa maneira, o Renzo não pontuava, até porque achava que iria finalizar. A luta durou uma hora, sendo que os últimos 30 minutos foram de amrração. Depois dessa luta, o Renzo tentou fazer uma revanche várias vezes, entrando em todos os campeonatos , porém o Wallid não se inscrevia em nenhum.
Wallid x Royce: O cenário foi a paradisíaca praia de Copacabana, numa noite quente em dezembro de 1998. O combate foi muito aguardado, pois a muito tempo não se fazia uma luta desta envergadura sem limite de tempo, o juiz foi o eterno delegado Hélio Vígio. Para surpresa de muitos a luta teve seu fim muito antes do previsto, pois Wallid Ismail, visivelmente mais bem preparado que Royce aproveitou-se de um descuido do Gracie e aplicou um estrangulamento conhecido como "relógio" após 5 minutos de luta. O espírito guerreiro de Royce o impediu de desitir, que aliado a demora de Hélio Vígio em perceber que não havia mais reação por parte dele, culminaram no inesquecível desmaio de Royce.
Rickson x Equada, quem???
Entrevistado em 1997, poucos dias antes de sua luta contra Takada, Rickson Gracie não exitou em dizer que nunca havia tido uma luta dura na sua vida, somente algumas lutas demoradas, então o repórter perguntou a Rickson quanto tempo demorou sua luta mais longa e contra quem foi. De pronto Rickson Gracie declarou: Sem dúvida, foi contra o Equada, me lembro bem, foram 50 minutos até que conseguí encaixar um triângulo e ele desfaleceu, mas também pudera, o cara tinha 2 metros de altura e 153Kg, era um gigante, um casca grossa!!!
Ryan x Tico
A verdadeira história da rivalidade entre Ryan e Wallid é a seguinte: Durante um campeonato no Colégio Veiga de Almeida (Barra - RJ) organizado pela recém criada Associação de Jiu Jitsu da Barra da Tijuca, houve um desentendimento entre o Ryan e o Tico (aluno do Carlson). Ambos estavam na platéia e foram brigar lá fora, mas o Carlinhos Gracie foi lá e impediu, dizendo que era o primeiro campeonato naquele lugar e iria queimar o filme. Então eles marcaram para brigar no dia seguinte. No dia seguinte, às 8:30, o Ryan já estava na Academia Espaço Vital (onde funciona a Barra Gracie), quando o Tico chega para brigar, com o Wallid, Amaury e Parrumpinha. O Carlinhos não deixou brigar lá, explicando que lá era local de treino e não de briga, então o Soca (Alexandre Carneiro) disse que sua casa estava vazia e a luta poderia ser lá. Então foram todos para a casa do Soca. Foi combinado que somente o Renzo poderia dar instruções para o Ryan e somente o Wallid falaria para o Tico. A briga durou uns 40 minutos, começando no gramado e terminando na varanda, quando o Ryan caiu em cima de um vaso de plantas e quebrou a costela. O resumo da briga foi o seguinte: Os dois ficavam parados muito tempo, mas quando o Ryan partia pra dentro, sempre acabava montado (mas cansado). Dava umas porradas mas morria no gás e o Tico (bem mais forte e pesado) saia da montada. Em uma dessas montadas do Ryan, o Tico tentou torcer o dedo dele. O Ryan protestou e o Wallid respondeu dizendo que aquilo era porrada e não treino amigável. Então alguém gritou: "morde a cara dele, Ryan". Nem precisou falar 2 vezes: o Ryan deu uma dentada na orelha do cara que arrancou um pedaço (depois o Renzo pegou o pedaço da orelha e colocou no freezer). Quando o Ryan quebrou a costela e teve que parar, também estava de bom tamanho para o Tico. Detalhe: No início da briga, a coisa estava meio devagar e o Renzo já nervoso com a falta de combatividade disparou: "Bora "Raia", dá uma escarrada na cara desse corno". O Ryan não se fez de rogado e disparou umas quatro ou cinco bem na cara do Tico.
O encontro de Magapi com Rei Zulú
Pra quem gosta dessas histórias, lá vai: Estava eu de férias no mês de outubro no ano de 1997 DC em São Luis-MA, quando peguntei a um primo se conhecia o Zulú. Ele sabia de quem se tratava, mas por não ser muito ligado em lutas, não pode me dizer nada sobre o mais duro adversário de Rickson, foi quando então ele me apareceu dois dias depois me dizendo: Olha só Magapi, tem uma faixa lá no João Paulo(bairro) chamando as pessoas para assistir o (pásmem!!!) semanal campeonato de vale tudo do Tarracá e dizendo que o Rei Zulú vai lutar. Depois fiquei sabendo que nesse local tinha luta todo final de semana mesmo. Mais então, disse ao meu primo que imaginava que Zulú estivesse aposentado, pois já devia estar com uns 50 anos, mas mesmo assim fui lá, na certeza de que encontraria um filho dele lutando ou outro qualquer que estivesse usando o seu nome. Era um sábado, o local era escuro, a entrada era R$5,00 e no programa estavam confirmadas 6 lutas. O nome do local é Arena do Tarracá ou Baixada do Tarracá. As 5 primeiras lutas foram bem movimentadas com uma média de 3 minutos para cada uma. Quando então é anunciado primeiramente o adversário dele´, Chico Carro-Velho, que vinha do Amazonas. De repente, eu tomei um susto, sem esperar o apresentador (José Raimundo, ex-presidente do Moto Clube Futebol) dizer o seu nome, surge aquela figura; digamos lendária, um pouco folclórica. Porra, era o cara mesmo, caramba eu não acredito, disse ao meu primo, que retrucou dizendo: Eu num disse? É o cara, Magapi!!! Bom, aí o homem entrou no ringue (ringue muito vagabundo) e foi ovacionado pela torcida local, até então calado, quieto no canto do ringue com os braços esticados nas cordas. O apresentador disse apenas o nome e a origem de cada lutador, apresentado o Chico Carro-Velho, chegou a vez de Zulú, e apartir do momento que seu nome foi falado pelo apresentador, passou um filme na minha cabeça da 2ª luta que fez contra Rickson. Porque neste momento Rei Zulú começou a fazer aquelas caretas que lhe eram peculiar, o povo ficou maluco com aquele negócio e Zulú parecia se entusiasmar cada vez mais, foi quando o juiz deu o comando de início de luta, porra, e o Zulú continuava fazendo as caretas até que o Chico ficou puto da vida e tentou clinchar o Zulú, mas Zulú ainda é muito forte, o adversário devia ter o mesmo peso do maranhense (uns 100Kg). Zulú deu um empurrão em Chico que jogou ele longe, então fizeram aquela finta e de repente o Zulú solta uma espécie de mata cobra (no melhor estilo Vovchanchin) e derruba Chico, que dormiu imediatamente. Que porrada, daquí a 50 anos ainda vou lembrar disso!!! Zulú nesse momento saiu para a galera fazendo caretas e dizendo: Aquí eu ainda sou o Rei!!! Repetia sem parar. Acabada a luta dei um jeito no melhor estilo Magapi e conseguí bater um papo com o Rei Zulú: Mag: Zulú, eu sou Magapi do RJ, me diz aí: Como é o teu treinamento? Zulú: Levanto carroça, carrego pneu grande, corro entre árvore e empurro a parede. Mag: Empurra a parede? Zulú: Meu treinamento quem inventou foi meu pai, tenta empurrar uma parede por 20 min, pra ver só. Mag:Qual a sua idade? Zulú: Tenho 48. Mag: Ainda vai continuar lutando? Zulú: Só paro quando morrer. Mag: Um abraço. Zulú: Pra vc também.
A verdadeira história sobre a idade de Royce Gracie
Em entrevista ao repórter Jorge Guimarães do canal a cabo Sportv, o Prof. Rorion Gracie, irmão e empresário de Royce, deu a seguinte declaração: Com o jiu-jitsu crescendo dessa maneira, eu dando aula na garagem da minha casa, e cada vez com mais alunos, no início de 1980, eu trouxe o Royce que na época tinha 17 anos, pra morar comigo nos EUA. O Royce na época não falava inglês, mas já falava jiu-jitsu "direitinho". Então eu ia coreografar algumas cenas para o cinema e deixava o Royce dando aula na minha casa... Bom galera, levando em consideração que um empresário, jamais aumenta a idade do seu lutador, (em alguns casos fazem até o contrário) acredito que Rorion tenha dito a verdade, então vamos fazer umas continhas: Se Royce foi para os EUA em 1980 com 17 anos, então o mesmo nasceu em 1963, certo? Nascido em 1963, Royce Gracie teria então no presente (Dez-2000) 37 anos e não 34, como foi dito semana passada no seu site. No dia 12 de dezembro, Royce Gracie fez aniversário, 34 ou 37, não importa, paz e saúde ao eterno campeão do Ultimate Fighting Championship !!!>
Marco Ruas x Pinduka 1983
A luta ocorreu em 1983 no Maracanãzinho, em um evento promovido por Róbson Gracie, que também contou com a participação de nomes bem conhecidos do público, como: Marcelo Behring, Rei Zulú, Sérgio Batarelli, Eugênio Tadeu e outros. Bom a luta começou bem movimentada , com o Pinduka dando uns chutes estranhos de frente, mais pareciam pontapés, pra ver se acertava o abdômen de Ruas, e tentou cinturar o Marco, que se livrou da cinturada e começou a disparar potentes socos na cabeça do Pinduka, que não conseguia se defender de jeito nenhum, até que o Pinduka conseguiu encurtar a distância, cinturou e levou o Marco Ruas para o chão. O Marco já tinha um bom conhecimento de luta de solo e conseguiu colocar o Pinduka na sua guarda e dalí já foi emendando uma sequência de cotoveladas na cabeça do Pinduka, que logo tentou passar a guarda, conseguindo êxito. Neste momento a luta ficou meio parada, senão pelos socos de Pinduka nas costelas de Ruas e algumas cabeçadas que nunca encontravam o alvo, de repente o Ruas esperneou e conseguiu repor a guarda, neste momento foram dados golpes de parte a parte, Ruas por baixo e Pinduka por cima, foi quando Pinduka aproveitou um vacilo de Ruas e passou sua guarda novamente, mas pouco fizeram também neste momento do combate, tanto que o juiz da luta, o delegado Hélio Vígio decidiu recomeçar a luta em pé, era exatamente o que Pinduka não queria, Marco Ruas começou a disparar seus socos na sua cabeça, e o Pinduka continuava dando uns ponta pés sem valor, foi quando Pinduka mais uma vez cinturou o Ruas e na tentativa de lhe dar uma queda, acabou tomando uma contra queda, infelizmente Ruas não soube se aproveitar do momento, Pinduka "malandramente" colocou metade do corpo pra fora do ringue obrigando o juiz a recomeçar o combate mais uma vez. Este foi o pior momento para Pinduka no combate já que o mesmo (já aparentando cansaço) ao receber uma saraivada de golpes, quase foi nocauteado, e Marco não parava de bater, todos na cabeça, sem piedade. Pinduka empurra Marco para o canto do córner e o derruba mais uma vez, mas já cansado pouco faz, enquanto que Ruas o mantém na guarda apenas se defendendo, Marco Ruas coloca um gancho e PInduka aproveita o movimento para alcançar a meia-guarda, e começa a disparar alguns socos, Ruas só se defende, é o fim do primeiro round. Começa o segundo round e agora ambos estão cansados, mas ainda assim Ruas dá alguns jabs em Pinduka, que mais uma vez fecha a distância e derruba Marco de novo. Ruas não cede a guarda e ainda consegue colocar um guanchincho, Pinduka se anima e desfere alguns bons socos em Ruas, mas o cansaço é maior e o impede de dar uma sequência, Ruas começa a castigar Pinduka com ótimas cotoveladas da guarda, Pinduka tenta reagir, mas Ruas o trava muito bem, então Pinduka dá o último gás e passa a guarda de Marco e desfere dois bons golpes no rosto de Marco Ruas, mas o tempo acaba e na ausência de juízes para dar uma decisão, é declarado o empate. "Foi minha primeira luta num evento que não conhecia e lutei contra a família Gracie. Eu tinha 23 anos, 78 Kg., enfrentei um cara bem mais pesado e mais experiente do que eu, faixa preta. O juiz, Hélio Vígio, estava contra mim. O empate, eu considero vitória, por causa disso tudo" (Declaração de Marco Ruas à revista O Lutador em Dezembro de 1996). O público começa a se alvoroçar, pois agora terá início a luta entre Marcelo Behring e Flávio Molina, mas essa é uma outra história...
Marco Ruas - The "King" of Hotel !!!
Durante a festa que se seguiu ao UFC 20, Marco Ruas e Marco "Jara" Albuquerque, que é intérprete para a língua portuguesa no UFC, tiveram um sério desentendimento. De acordo com algumas pessoas presentes, enquanto Ruas estava quieto no seu canto, Albuquerque começou a fazer comentários pouco elogiosos sobre a capacidade e as performances do lutador. Como os comentários não paravam , a paciência de Ruas chegou ao limite , e este, segundo algumas pessoas presentes, partiu para cima de seu crítico, desferindo uma sequência de vinte socos em menos de dez segundos no desafeto. Foi quando Pedro Rizzo, um fã e outros presentes, tiveram que tirar Ruas de cima de Albuquerque, e pediram à este que fosse embora logo, antes que se machucasse seriamente. Neste meio tempo Ruas, ainda transtornado, pegou uma mesa com apenas uma das mãos e a jogou em cima de Albuquerque e sem estar satisfeito ainda pegou duas garrafas e tentou acertá-lo também, sendo que uma delas acertou na parede e a outra nas suas costas. Finalmente as pessoas conseguiram tirar Albuquerque do alcance de Ruas e a confusão terminou !!!!
Rickson Gracie x Mark Shultz...
Em 1994, Rickson esteve na Universidade de Utah visitando o clube de westling do campus e venceu todos que estavam lá. Então sobrou apenas o campeão americano de westling Mark Shultz (UFC 9) que já estava dando seus primeiros passos no jiu-jitsu pelas mãos de Pedro Sauer (faixa-preta de Rickson Gracie). Eles lutaram por aproximadamente uns 35 minutos. Shultz esteve por cima de Rickson praticamente o tempo todo, chegando a empolgar os presentes, mas após uns 20 minutos, Shultz começou a demonstrar cansaço e Rickson se aproveitou disso e o finalizou com um triângulo, e mais tarde ainda finalizou Shultz mais três vezes. Um dos ilustres presentes era o lutador Tom Erickson que deu sua declaração sobre o que viu: "Ele não conseguiu finalizar o Rickson, e Rickson sim, conseguiu finalizá-lo. Shultz conseguiu derrubar Rickson levando-o para o chão e Rickson não conseguiu levar o Mark para o chão. Acho que o ponto principal é que Mark quis aprender alguma coisa com Rickson dando um treino com ele, já que Mark está começando a aprender jiu-jitsu, mas acho que Mark escondeu um pouco seu jogo" Pedro Sauer também estava lá e dias depois fez o seguinte comentário: O Mark Shultz ficou praticamente o tempo todo dentro da guarda do Rickson, que teve muita calma pra esperar o momento certo de ir para as costas de Mark (isso aconteceu umas três vezes). Rickson não se preocupou muito com troca de posições e o finalizou com um triângulo da guarda, Mark ficou tão impressionado que passou a treinar jiu-jitsu direto com o Pedro Sauer. Por não saber como finalizar o Rickson estando na guarda, o Shultz ficou segurando o Rickson 90% do tempo, enquanto teve força pra isso foi muito bom, mas quando cansou...
Allan Góes x Frank Shamnrock
A coisa toda começou quando alguns lutadores de westling desafiaram o Allan, e nisso um japonês chamado Oitate viu o Allan lutar e gostou. Tanto que lhe propós uma luta num evento de vale tudo no Japão. Nessa é poca, o Allan não falava muito bem inglês e pediu para um amigo chamado Franco, ficar a frente das negociações para a luta, só que eu acho que pela falta de experiência do amigo do Allan em termos de negociação para uma luta de vale tudo, o mesmo acabou sendo "passado para trás" pelos japoneses, que na hora do combate modificaram as regras, para favorecer o Frank Shamnrock que sempre foi muito idolatrado no Japão. Então disseram que o Allan deveria lutar com uma bota, uma caneleira e uma joelheira. O Allan finalizou o Shamnrock várias vezes, só que o americano toda vez que estava na eminência de desistir, fugia para fora do ringue, o que era aceitável pelas regras do evento. Além disso Allan teve um grande prejuízo, já que recebeu uma bolsa de $800,00, mas teve que gastar $8.000,00 por conta de uma fratura no pé. Os organizados do evento não bancaram as custas médicas de Allan, que acabou "entrando pelo cano". O resultado da luta acabou sendo o empate, sem dúvida um grande negócio para o Frank Shamnrock.
Bruce Lee, A Lenda do Dragão
...o karateca faz aquecimento num canto do improvisado ring em uniforme e faixa-preta , Bruce entra sorrindo, a jaqueta sobre os ombros e diz simplesmente: Você está pronto? O karateca responde com um grito penetrante atacando direto. Bruce desvia e simultaneamente desfere um direto cruzado "de lascar". Uma saraivada de socos segue e a luta está terminada. Tudo que eu ví foi um "borrão" de Bruce. Duração: 2 segundos. Soube depois que o karateca foi parar no hospital. Ronald Kealoha assim lembra a única luta que assistiu de Bruce Lee durante toda a época que estudou com ele - de 1959 a 1964. Continua Ronald: - "A luta teve lugar em Seatlle". Bruce e o karateca concordaram com esse match porque o karateca havia entrado praticamente invadindo a aula de Bruce e exigido uma luta, ridicularizando seu ensino...seus alunos na época eram Jesse Glover, Jim de Mile, Saky Kimura e Carley Woo.
Rickson Gracie x Yoji Anjo
Tem dia que é melhor ficar em casa. Provavelmente você já ouviu essa frase por aí, certo? Mas certamente o pro-westler japonês Yoji Anjo, não a levou a sério!!! A história teve início, assima: O Takada começou a desafiar publicamente o Rickson, e ele dizia que não lutaria com ele ou outro do pro-westling, porque faziam marmelada (pro-wrestling) e etc... e "rolou" muito na imprensa japonesa esse tipo de desafio, o Takada sempre que podia dava uma alfinetada no Rickson, que já andava uma "fera" com eles, mas sabiamente dizia que se um promotor bancasse a luta, ele lutaria, mas que não era essa a sua intenção , porque ele não tinha nenhum interesse em lutar com alguém que só faz marmelada. Então, num belo dia, os japoneses chegaram de surpresa com a imprensa nipônica na academia de Rickson em Los Angeles, neste dia quem estava dando aula era o Limão (faixa-preta de Rickson). Na verdade quem fez o desafio foi um promotor, Takada não estava presente, na época ele era idolatrado no Japão, mas corriam boatos de que Yoji Anjo era melhor de porrada, por isso foi o escolhido para o desafio contra Rickson. Diante dessa situação o Limão ligou para o Rickson, que não estava na academia, Rickson veio na hora, já com equipamento para filmar a luta. Ao chegar na sua academia, Rickson disse primeiramente que não queria lutar, pois só a faria num evento e por uma boa grana (até deu o valor de sua bolsa). Aí o Anjo, que estava calado, chegou pra perto e disse que Rickson declarou certa vez que também lutava pela sua honra e esperou a reação de Rickson. O Rickson nem deixou o japonês acabar direito a frase e topou na hora, não deixou a imprensa entrar, botou todo mundo pra fora e só deixou entrar o Anjo e o promotor e o rapaz que filmou a luta para o Gracie. Tudo pronto, começou a "peia", mas não tem nem muita coisa pra falar, Rickson derrubou Anjo, montou e ficou dando porrada por uns cinco minutos, depois levou o japonês pra perto de uma parede e jogou a cabeça dele com tudo, nessa o cara já ficou "zonzo", depois começou uma sessão de porradas que desfigurou a cara do Anjo, dente quebrado, olho roxo, boca inchada, foi quando praticamente desfalecido o japonês se virou e Rickson o estrangulou com um mata-leão, colocando o Anjo pra dormir, então Rickson deixou a imprensa japonesa entrar e filmar o Anjo acordando, todo arrebentado. Dias depois, Yoji Anjo voltou a academia de Rickson para lhe dar um presente e lhe pedir desculpas por tê-lo desafiado.
A rivalidade entre Ryan Gracie e Jorge "Macaco" Patino - 1ª Parte
...quando o MACACO entrou na FPJJ, ele se anunciou e disse que o pau iria comer, foi quando o RYAN afinou, mas prontamente foi repreendido pelo seu tio Carlos Gracie Jr, e não teve jeito, um "GRACIE" afinando na frente de quase todos os professores de sampa, teve que brigar e apanhou, pedindo até para o Fábio Gurgel separar, já que seu tio estava perplexo, não acreditando no que via. Separados os dois, Macaco saiu pra rua chamando RYAN pra continuar a briga, mas ele não saia de jeito algum, para desespero de seu tio, que o mandava sair insistentemente para que continuasse a briga. MACACO então,quebrou toda a moto de RYAN, para obrigá-lo a sair, mas não teve ninguém capaz de tirá-lo de dentro da FPJJ, e o máximo que ele fez , foi ficar gritando atrás de seu tio: "Por favor, a moto não, ela não tem nada com isso!".
A rivalidade entre Ryan Gracie e Jorge "Macaco" Patino - 2ª Parte
Desta vez o palco do "combate" foi o bairro do Itaim em São Paulo. Mais uma vez os dois se encontraram e após muitos elogios às mães de ambos, a porrada comeu solta, desta vez o Ryan se deu bem. Logo que começou a briga Ryan deu uma baiana no Macaco e caiu já na posição de "100 Kilos", nisso o Ryan deu uns soquinhos sem muita expressão e o Macaco ficou lá, parado praticamente sem reação, foi quando apareceu um terceiro "lutador", o Hulligan, que era um cachorro da raça pitbull, que se meteu entre os dois e fez uma tremenda confusão, então o Ryan se aproveitou e deu umas porradas no Macaco, que tentou alguns golpes também, mas não arrumou nada. Conseguiram tirar o cachorro de perto dos dois, e a luta continuou, o Ryan estranhamente cansou logo depois, e se afastou do Macaco dizendo: Tá bom, tá bom... Cada um foi para um lado, mas o destino ainda os colocou frente a frente, tempos depois.
Róbson Gracie x Arthur Emídio
...Arthur Emídio só queria saber de capoeira. Tentei arrumar-lhe emprego, recusou. Era um artista, era um bailarino, era um matador. Não iria prostituir-se à toa em escritórios e balcões, tinha o seu ofício, a sua arte, o seu gênio.
– Está bem – eu lhe disse. – Vou lhe apresentar ao Hélio Gracie.
Os olhos de Emídio faiscaram como as pedras lisas do Rio Cachoeira sob os raios de sol.
– Você jura? O Gracie? O grande Gracie? O campeão do vale-tudo?
– Em pessoa.
– Você se dá mesmo com ele?
– Assim. Unha e carne. Ele me chama de Baiano. É Baiano pra cá...
– Ah.
Mas não foi fácil, a praça estava cheia de espertalhões, de falsos lutadores, de capoeiras que se dariam melhor em capoeiras de galinhas do que em ringues de tábuas duras, sem tatame, sem proteção atrás das cordas, ringues improvisados em barracões, ringues que pareciam montados no meio de um circo mambembe de praça de subúrbio.
– Olhe aqui, Baiano, nada feito – me disse Hélio Gracie.
– Mas campeão...
– Desculpe, Baiano, mas esses nordestinos são frouxos.
Às vezes têm físico, têm força e raça, mas não sabem dar um golpe, ignoram a técnica.
– O Emídio é diferente.
– Querem aparecer à nossa custa, ganhar uns trocados.
Esse negócio de capoeira é folclore baiano.
– Campeão, eu só lhe peço uma oportunidade para o Emídio.
– Oportunidade? Sem um teste na minha Academia ele não decola, não fatura nem pra média-com-pão-e-manteiga.
– Pois é o que eu quero, campeão. Uma exibição particular na Academia que é pro Emídio mostrar o seu valor.
O Hélio Gracie gostava de mim, marcou a exibição sem o menor entusiasmo, queria me ser agradável e olhe lá. O meu cartaz com ele era grande, mas confesso que tive de apelar para o meu amigo dentista, o Jaime, a quem ele não recusava favores. Consentiu, porém com uma condição:
– O teste é comigo mesmo.
Uma honra inesperada para Arthur Emídio, que conhecia de cor e salteado a fama de Hélio Gracie e que não cessava de contar a luta Gracie versus Kimura: o japonês meteu-lhe uma chave-de-braço que, se fosse levada até o fim, tirava tutano, deixava o osso exposto, mas o Gracie não bateu pedindo penico. Pois saibam, o Arthur Emídio não me decepcionou. Melhor dizendo, abafou, roubou o espetáculo, assombrou o pessoal que esperava uma luta-treino de dois ou três segundos com o Gracie triunfante e o baiano estatelado no chão. O jogo de Emídio era bonito: dançava, gingava, saltava, parecia esgrimir, suas esquivanças eram de espadachim ou de toureiro, sacudia as pernas de cabeça para baixo, apoiando-se no chão com as palmas das mãos, os pés pareciam amassar a cara de Gracie, mas Emídio freava a tempo o ímpeto, fazia-os recuar frações de polegada ou passar rente ao rosto encovado e ardente do mestre do vale-tudo. Ensaiou martelos, ensaiou rabos-de-arraia, mostrou que sabia bailar para bater, mas ficou na simulação, no simulacro, no meio do caminho, assim como quem não quer, mas vai chegando e prova que se for preciso ele completa a rasteira, aplica o martelo sem dó nem piedade, faz a armada-de-peito, não fica apenas no gesto e na intenção. Os dois de quimono movendo-se um ao redor do outro, o Hélio testando, oferecendo brechas, o Emídio se excedendo nos seus lances de ousadia.
– Este menino é bom – confirmou Hélio Gracie, enquanto enxugava com a manga larga do quimono o suor do rosto.
E a luta foi marcada. A Academia Gracie encontrava enfim um rival digno para um dos seus alunos: Arthur Emídio, capoeira baiano, versus Róbson Gracie, o mais baixinho, porém, o mais troncudo e o de temperamento mais orgulhoso, um rapaz taciturno, filho de Carlos, sobrinho de Hélio. Chamaram o Carlos Renato (cronista), o jornal Última Hora vendeu durante uma semana inteira, com chamadas na primeira página, entrevistas e artigos, "A Luta do Ano", "A Capoeira versus Jiu-Jitsu em Combate Mortal no Palácio de Alumínio", compre o seu ingresso antes que se esgote nas mãos dos cambistas. Eu era o manager de Arthur Emídio. Manager e treinador. Só que se dizia "toalhinha". Numa luta dessas o estado emocional conta muito, é meio caminho andado, por isso larguei o meu consultório por alguns dias, tratei de preparar o meu amigo e conterrâneo Arthur Emídio no plano físico e no plano psicológico.
– Arthur, e se o Róbson tentar lhe aplicar uma tesoura...
– Tem problema não, Zito. Eu me esquivo com um salto e respondo com um martelo fulminante.
Mestre Bimba lhe tinha ensinado o golpe. É, o baiano estava preparado. Fui adquirindo confiança, anunciei a luta, convidei amigos, arrastei pequenas multidões, os jornais fizeram o resto. O jornal "A Luta Democrática" lascou um manchetaço no dia da luta: "Hoje tem sangue no ringue". Seu concorrente,o jornal, O Dia, mais comedido, onde pontificava Santa Cruz Lima com sua cabeleira branca, falou em "Vale-Tudo da Selvageria", garantindo que o capoeira baiano e o representante da Academia Gracie iam entrar no ringue para bater de verdade, um dos dois podia sair carregado. Um coronel da Aeronáutica quis proibir a Luta do Ano, o cronista Carlos Renato lembrou a época dos ringues na Av. Passos e na Gávea, quando muitos lutadores, os mais felizes, saíam cegos ou com braços e pernas quebrados, fraturas expostas. Os amigos me perguntavam alvoroçados:
– O capoeira é bom mesmo, Zito?
– É o maior da Bahia e o maior do Brasil.
– Foi ele que desafiou Róbson?
– Não leu os jornais? Vai ser mole. Ele quase acaba com o Hélio Gracie na Academia.
– O Hélio Gracie? – e eles arregalavam os olhos.
Chegou o dia. Emídio garantiu em entrevistas que o Robson levaria um martelo no peito, assim que ficassem frente a frente no ringue, "e aí eu elimino ele". Washington Kruschewsky Sá, que estudava para advogado, ponderou em voz escandalizada: "Mas aí você pode matá-lo, pode ser processado!" Arthur Emídio sorriu. "Não quero matar ninguém. Vou bater só pra aleijar". Manuel Leal de Oliveira, mais prevenido, consultou uma baiana que jogava búzios nos Arcos da Lapa, ali na altura da Mem de Sá. "A luta será decidida numa fração de segundo", disse a baiana, lendo a mensagem esparramada nos búzios. Mesmo assim Manuel Leal não parou o dia inteiro de repuxar um fio do canto do bigode. Na semana seguinte, me contaram que um macumbeiro foi à tarde ao Palácio de Alumínio. Chamado por quem? Eu é que não fui. Chegou, olhou, fez as suas mandingas, as suas invocações, e "grudou" o ringue para logo mais à noite. O jornalismo esportivo do Rio começou a chegar, os trens desciam sem pingentes para os subúrbios, mas em compensação chegavam apinhados à Central. O Palácio de Alumínio, cheio de ambulantes que vendiam churrasco de carne de gato, pedaços de melancia e rodelas de abacaxi, pipocas e sanduíches de mortadela, parecia uma festiva estação ferroviária à espera do comboio com o presidente da República. O Palácio brilhava dentro da noite, era um Coliseu terceiro-mundista engolindo gente por todas as güelas, gente que ia pedir a morte do gladiador vencido.
Entramos no Palácio de Alumínio e eu levei o maior susto da minha vida, sentindo o coração murchar dentro do peito, um frio no pé da barriga, uma pressão doida na nuca. Era a sensação típica do sujeito que passa a vida numa das últimas filas de cadeiras do teatro, a observar o drama ou a comédia, a ver o filme, a se excitar com o rebolado da Virgínia Lane ou da Nélia Paula, e de repente se vê empurrado para o palco, tem diante de si um mar de rostos, os rostos das primeiras filas são os únicos visíveis, os outros formam indistinta e ondulante maré, e no entanto todos os rostos das primeiras filas são os únicos visíveis, os outros formam indistinta e ondulante maré, e no entanto todos olham para a gente, seguem nossos movimentos, nossos menores gestos, esperam o que vamos dizer. Luzes jorravam em cima de mim, eu, o "toalhinha" de Arthur Emídio, eu, o treinador do capoeira baiano que ia enfrentar o temível Róbson Gracie, o pessoal da Academia sentado em cadeiras especiais do circo ou alí mesmo, num canto do ringue, o Arthur despindo o quimono, esgalgo moleque nas margens do Rio Cachoeira, cintura fina e músculos tensos, sorriso radiante, ah, o sorriso largo, os dentes alvos, ele está deslumbrado, pensei, é a sua primeira oportunidade, os flashes dos fotógrafos estouram, amanhã ele estará nas primeiras páginas, uma câmera de tv já foi assestada, Róbson é mesmo baixo, porém muito grosso de tronco e de pernas e tem a cara fechada, uma cara de quem sente raiva, um jeito soturno de animal ferido, o juiz chama os lutadores para o centro, a multidão silencia, uma fração de tempo, dois segundos, três segundos, nem sei mais, Arthur Emídio ainda sorria, o Palácio de Alumínio era um Anhembi, um Maracanã, naquele dia de Vasco x Flamengo! Durou pouco, quem sabe foi mesmo uma fração de segundo, o pequeno Róbson, que tinha sangue quente, pegou Arthur Emídio pelos ombros, rodou Arthur Emídio no meio do ringue e o estrangulou por trás, o rapaz ainda não tinha malícia, era ainda um ingênuo, ainda um deslumbrado, caiu nas tábuas com um baque que todos ouviram no Palácio e então Róbson Gracie, cheio de raiva, quebrou-lhe os dentes a pontapés e eu bati encerrando a luta, joguei fora a toalha, a multidão berrava "baiano frouxo", eu gritei para o Jaime (meu amigo) "vou embora, você cuide do Arthur", a multidão vaiava "baiano viado", só me lembro que saí correndo, todos os meus amigos estavam ali, o mulherio de Copacabana, moças lindas, gritavam o nome de Róbson, tive a certeza que uma meia-dúzia de homens queria me pegar.
(História enviada por Ronin)
Vejam só um trecho do diálogo travado entre Ryan Gracie e Wallid Ismail, no programa Sérgio Mallandro: Wallid: Pô, parabéns para o Renzo, lutou muito bem contra o Sakata, só tenho a admirá-lo!!! Ryan: É, vê se tú aprende alguma coisa vendo meu irmão lutar, "paraíba". Gracie é isso aí, vai pra finalizar!!! Wallid: Como é que eu vou aprender alguma coisa, com um cara que eu já vencí, "meu irmão"??? Ryan: Você usou quimono preparado, e eu não sou "teu irmão" não, "brother"!!!!!
Wallid x Família Gracie
Breve relato sobre as vitórias de Wallid Ismail sobre Ralph, Renzo e Royce Gracie:
Wallid x Ralph: Aconteceu na Copa Rio Sport Center, a cerca de 8 anos atrás, quando ambos eram faixa-marrom. A luta foi 2 x 0 para o Wallid, com uma passagem de guarda (na época a passagem de guarda valia 2 pontos). Decisão polêmica, já que muitos acharam que o Ralph deveria ter ganho 2 pontos por uma queda. Nesta época, o Wallid era 5 Kg mais pesado que o Ralph.
Wallid x Renzo: Aconteceu em 1993, no ginásio do Flamengo. Se não me engano, o Wallid ganhou por 6 x 0, com 3 passagens de guarda. Neste dia o Wallid pesou 5 Kg a mais que Renzo e utilizou um quimono com a gola exageradamente reforçada, o que impedia renzo de estrangular (a mão não fechava). O Renzo pegou as costas do Wallid diversas vezes, que por sua vez preocupava-se apenas em defender os ganchos, já que ele sabia que o estrangulamento seria impossível. Dessa maneira, o Renzo não pontuava, até porque achava que iria finalizar. A luta durou uma hora, sendo que os últimos 30 minutos foram de amrração. Depois dessa luta, o Renzo tentou fazer uma revanche várias vezes, entrando em todos os campeonatos , porém o Wallid não se inscrevia em nenhum.
Wallid x Royce: O cenário foi a paradisíaca praia de Copacabana, numa noite quente em dezembro de 1998. O combate foi muito aguardado, pois a muito tempo não se fazia uma luta desta envergadura sem limite de tempo, o juiz foi o eterno delegado Hélio Vígio. Para surpresa de muitos a luta teve seu fim muito antes do previsto, pois Wallid Ismail, visivelmente mais bem preparado que Royce aproveitou-se de um descuido do Gracie e aplicou um estrangulamento conhecido como "relógio" após 5 minutos de luta. O espírito guerreiro de Royce o impediu de desitir, que aliado a demora de Hélio Vígio em perceber que não havia mais reação por parte dele, culminaram no inesquecível desmaio de Royce.
Rickson x Equada, quem???
Entrevistado em 1997, poucos dias antes de sua luta contra Takada, Rickson Gracie não exitou em dizer que nunca havia tido uma luta dura na sua vida, somente algumas lutas demoradas, então o repórter perguntou a Rickson quanto tempo demorou sua luta mais longa e contra quem foi. De pronto Rickson Gracie declarou: Sem dúvida, foi contra o Equada, me lembro bem, foram 50 minutos até que conseguí encaixar um triângulo e ele desfaleceu, mas também pudera, o cara tinha 2 metros de altura e 153Kg, era um gigante, um casca grossa!!!
Ryan x Tico
A verdadeira história da rivalidade entre Ryan e Wallid é a seguinte: Durante um campeonato no Colégio Veiga de Almeida (Barra - RJ) organizado pela recém criada Associação de Jiu Jitsu da Barra da Tijuca, houve um desentendimento entre o Ryan e o Tico (aluno do Carlson). Ambos estavam na platéia e foram brigar lá fora, mas o Carlinhos Gracie foi lá e impediu, dizendo que era o primeiro campeonato naquele lugar e iria queimar o filme. Então eles marcaram para brigar no dia seguinte. No dia seguinte, às 8:30, o Ryan já estava na Academia Espaço Vital (onde funciona a Barra Gracie), quando o Tico chega para brigar, com o Wallid, Amaury e Parrumpinha. O Carlinhos não deixou brigar lá, explicando que lá era local de treino e não de briga, então o Soca (Alexandre Carneiro) disse que sua casa estava vazia e a luta poderia ser lá. Então foram todos para a casa do Soca. Foi combinado que somente o Renzo poderia dar instruções para o Ryan e somente o Wallid falaria para o Tico. A briga durou uns 40 minutos, começando no gramado e terminando na varanda, quando o Ryan caiu em cima de um vaso de plantas e quebrou a costela. O resumo da briga foi o seguinte: Os dois ficavam parados muito tempo, mas quando o Ryan partia pra dentro, sempre acabava montado (mas cansado). Dava umas porradas mas morria no gás e o Tico (bem mais forte e pesado) saia da montada. Em uma dessas montadas do Ryan, o Tico tentou torcer o dedo dele. O Ryan protestou e o Wallid respondeu dizendo que aquilo era porrada e não treino amigável. Então alguém gritou: "morde a cara dele, Ryan". Nem precisou falar 2 vezes: o Ryan deu uma dentada na orelha do cara que arrancou um pedaço (depois o Renzo pegou o pedaço da orelha e colocou no freezer). Quando o Ryan quebrou a costela e teve que parar, também estava de bom tamanho para o Tico. Detalhe: No início da briga, a coisa estava meio devagar e o Renzo já nervoso com a falta de combatividade disparou: "Bora "Raia", dá uma escarrada na cara desse corno". O Ryan não se fez de rogado e disparou umas quatro ou cinco bem na cara do Tico.
O encontro de Magapi com Rei Zulú
Pra quem gosta dessas histórias, lá vai: Estava eu de férias no mês de outubro no ano de 1997 DC em São Luis-MA, quando peguntei a um primo se conhecia o Zulú. Ele sabia de quem se tratava, mas por não ser muito ligado em lutas, não pode me dizer nada sobre o mais duro adversário de Rickson, foi quando então ele me apareceu dois dias depois me dizendo: Olha só Magapi, tem uma faixa lá no João Paulo(bairro) chamando as pessoas para assistir o (pásmem!!!) semanal campeonato de vale tudo do Tarracá e dizendo que o Rei Zulú vai lutar. Depois fiquei sabendo que nesse local tinha luta todo final de semana mesmo. Mais então, disse ao meu primo que imaginava que Zulú estivesse aposentado, pois já devia estar com uns 50 anos, mas mesmo assim fui lá, na certeza de que encontraria um filho dele lutando ou outro qualquer que estivesse usando o seu nome. Era um sábado, o local era escuro, a entrada era R$5,00 e no programa estavam confirmadas 6 lutas. O nome do local é Arena do Tarracá ou Baixada do Tarracá. As 5 primeiras lutas foram bem movimentadas com uma média de 3 minutos para cada uma. Quando então é anunciado primeiramente o adversário dele´, Chico Carro-Velho, que vinha do Amazonas. De repente, eu tomei um susto, sem esperar o apresentador (José Raimundo, ex-presidente do Moto Clube Futebol) dizer o seu nome, surge aquela figura; digamos lendária, um pouco folclórica. Porra, era o cara mesmo, caramba eu não acredito, disse ao meu primo, que retrucou dizendo: Eu num disse? É o cara, Magapi!!! Bom, aí o homem entrou no ringue (ringue muito vagabundo) e foi ovacionado pela torcida local, até então calado, quieto no canto do ringue com os braços esticados nas cordas. O apresentador disse apenas o nome e a origem de cada lutador, apresentado o Chico Carro-Velho, chegou a vez de Zulú, e apartir do momento que seu nome foi falado pelo apresentador, passou um filme na minha cabeça da 2ª luta que fez contra Rickson. Porque neste momento Rei Zulú começou a fazer aquelas caretas que lhe eram peculiar, o povo ficou maluco com aquele negócio e Zulú parecia se entusiasmar cada vez mais, foi quando o juiz deu o comando de início de luta, porra, e o Zulú continuava fazendo as caretas até que o Chico ficou puto da vida e tentou clinchar o Zulú, mas Zulú ainda é muito forte, o adversário devia ter o mesmo peso do maranhense (uns 100Kg). Zulú deu um empurrão em Chico que jogou ele longe, então fizeram aquela finta e de repente o Zulú solta uma espécie de mata cobra (no melhor estilo Vovchanchin) e derruba Chico, que dormiu imediatamente. Que porrada, daquí a 50 anos ainda vou lembrar disso!!! Zulú nesse momento saiu para a galera fazendo caretas e dizendo: Aquí eu ainda sou o Rei!!! Repetia sem parar. Acabada a luta dei um jeito no melhor estilo Magapi e conseguí bater um papo com o Rei Zulú: Mag: Zulú, eu sou Magapi do RJ, me diz aí: Como é o teu treinamento? Zulú: Levanto carroça, carrego pneu grande, corro entre árvore e empurro a parede. Mag: Empurra a parede? Zulú: Meu treinamento quem inventou foi meu pai, tenta empurrar uma parede por 20 min, pra ver só. Mag:Qual a sua idade? Zulú: Tenho 48. Mag: Ainda vai continuar lutando? Zulú: Só paro quando morrer. Mag: Um abraço. Zulú: Pra vc também.
A verdadeira história sobre a idade de Royce Gracie
Em entrevista ao repórter Jorge Guimarães do canal a cabo Sportv, o Prof. Rorion Gracie, irmão e empresário de Royce, deu a seguinte declaração: Com o jiu-jitsu crescendo dessa maneira, eu dando aula na garagem da minha casa, e cada vez com mais alunos, no início de 1980, eu trouxe o Royce que na época tinha 17 anos, pra morar comigo nos EUA. O Royce na época não falava inglês, mas já falava jiu-jitsu "direitinho". Então eu ia coreografar algumas cenas para o cinema e deixava o Royce dando aula na minha casa... Bom galera, levando em consideração que um empresário, jamais aumenta a idade do seu lutador, (em alguns casos fazem até o contrário) acredito que Rorion tenha dito a verdade, então vamos fazer umas continhas: Se Royce foi para os EUA em 1980 com 17 anos, então o mesmo nasceu em 1963, certo? Nascido em 1963, Royce Gracie teria então no presente (Dez-2000) 37 anos e não 34, como foi dito semana passada no seu site. No dia 12 de dezembro, Royce Gracie fez aniversário, 34 ou 37, não importa, paz e saúde ao eterno campeão do Ultimate Fighting Championship !!!>
Marco Ruas x Pinduka 1983
A luta ocorreu em 1983 no Maracanãzinho, em um evento promovido por Róbson Gracie, que também contou com a participação de nomes bem conhecidos do público, como: Marcelo Behring, Rei Zulú, Sérgio Batarelli, Eugênio Tadeu e outros. Bom a luta começou bem movimentada , com o Pinduka dando uns chutes estranhos de frente, mais pareciam pontapés, pra ver se acertava o abdômen de Ruas, e tentou cinturar o Marco, que se livrou da cinturada e começou a disparar potentes socos na cabeça do Pinduka, que não conseguia se defender de jeito nenhum, até que o Pinduka conseguiu encurtar a distância, cinturou e levou o Marco Ruas para o chão. O Marco já tinha um bom conhecimento de luta de solo e conseguiu colocar o Pinduka na sua guarda e dalí já foi emendando uma sequência de cotoveladas na cabeça do Pinduka, que logo tentou passar a guarda, conseguindo êxito. Neste momento a luta ficou meio parada, senão pelos socos de Pinduka nas costelas de Ruas e algumas cabeçadas que nunca encontravam o alvo, de repente o Ruas esperneou e conseguiu repor a guarda, neste momento foram dados golpes de parte a parte, Ruas por baixo e Pinduka por cima, foi quando Pinduka aproveitou um vacilo de Ruas e passou sua guarda novamente, mas pouco fizeram também neste momento do combate, tanto que o juiz da luta, o delegado Hélio Vígio decidiu recomeçar a luta em pé, era exatamente o que Pinduka não queria, Marco Ruas começou a disparar seus socos na sua cabeça, e o Pinduka continuava dando uns ponta pés sem valor, foi quando Pinduka mais uma vez cinturou o Ruas e na tentativa de lhe dar uma queda, acabou tomando uma contra queda, infelizmente Ruas não soube se aproveitar do momento, Pinduka "malandramente" colocou metade do corpo pra fora do ringue obrigando o juiz a recomeçar o combate mais uma vez. Este foi o pior momento para Pinduka no combate já que o mesmo (já aparentando cansaço) ao receber uma saraivada de golpes, quase foi nocauteado, e Marco não parava de bater, todos na cabeça, sem piedade. Pinduka empurra Marco para o canto do córner e o derruba mais uma vez, mas já cansado pouco faz, enquanto que Ruas o mantém na guarda apenas se defendendo, Marco Ruas coloca um gancho e PInduka aproveita o movimento para alcançar a meia-guarda, e começa a disparar alguns socos, Ruas só se defende, é o fim do primeiro round. Começa o segundo round e agora ambos estão cansados, mas ainda assim Ruas dá alguns jabs em Pinduka, que mais uma vez fecha a distância e derruba Marco de novo. Ruas não cede a guarda e ainda consegue colocar um guanchincho, Pinduka se anima e desfere alguns bons socos em Ruas, mas o cansaço é maior e o impede de dar uma sequência, Ruas começa a castigar Pinduka com ótimas cotoveladas da guarda, Pinduka tenta reagir, mas Ruas o trava muito bem, então Pinduka dá o último gás e passa a guarda de Marco e desfere dois bons golpes no rosto de Marco Ruas, mas o tempo acaba e na ausência de juízes para dar uma decisão, é declarado o empate. "Foi minha primeira luta num evento que não conhecia e lutei contra a família Gracie. Eu tinha 23 anos, 78 Kg., enfrentei um cara bem mais pesado e mais experiente do que eu, faixa preta. O juiz, Hélio Vígio, estava contra mim. O empate, eu considero vitória, por causa disso tudo" (Declaração de Marco Ruas à revista O Lutador em Dezembro de 1996). O público começa a se alvoroçar, pois agora terá início a luta entre Marcelo Behring e Flávio Molina, mas essa é uma outra história...
Marco Ruas - The "King" of Hotel !!!
Durante a festa que se seguiu ao UFC 20, Marco Ruas e Marco "Jara" Albuquerque, que é intérprete para a língua portuguesa no UFC, tiveram um sério desentendimento. De acordo com algumas pessoas presentes, enquanto Ruas estava quieto no seu canto, Albuquerque começou a fazer comentários pouco elogiosos sobre a capacidade e as performances do lutador. Como os comentários não paravam , a paciência de Ruas chegou ao limite , e este, segundo algumas pessoas presentes, partiu para cima de seu crítico, desferindo uma sequência de vinte socos em menos de dez segundos no desafeto. Foi quando Pedro Rizzo, um fã e outros presentes, tiveram que tirar Ruas de cima de Albuquerque, e pediram à este que fosse embora logo, antes que se machucasse seriamente. Neste meio tempo Ruas, ainda transtornado, pegou uma mesa com apenas uma das mãos e a jogou em cima de Albuquerque e sem estar satisfeito ainda pegou duas garrafas e tentou acertá-lo também, sendo que uma delas acertou na parede e a outra nas suas costas. Finalmente as pessoas conseguiram tirar Albuquerque do alcance de Ruas e a confusão terminou !!!!
Rickson Gracie x Mark Shultz...
Em 1994, Rickson esteve na Universidade de Utah visitando o clube de westling do campus e venceu todos que estavam lá. Então sobrou apenas o campeão americano de westling Mark Shultz (UFC 9) que já estava dando seus primeiros passos no jiu-jitsu pelas mãos de Pedro Sauer (faixa-preta de Rickson Gracie). Eles lutaram por aproximadamente uns 35 minutos. Shultz esteve por cima de Rickson praticamente o tempo todo, chegando a empolgar os presentes, mas após uns 20 minutos, Shultz começou a demonstrar cansaço e Rickson se aproveitou disso e o finalizou com um triângulo, e mais tarde ainda finalizou Shultz mais três vezes. Um dos ilustres presentes era o lutador Tom Erickson que deu sua declaração sobre o que viu: "Ele não conseguiu finalizar o Rickson, e Rickson sim, conseguiu finalizá-lo. Shultz conseguiu derrubar Rickson levando-o para o chão e Rickson não conseguiu levar o Mark para o chão. Acho que o ponto principal é que Mark quis aprender alguma coisa com Rickson dando um treino com ele, já que Mark está começando a aprender jiu-jitsu, mas acho que Mark escondeu um pouco seu jogo" Pedro Sauer também estava lá e dias depois fez o seguinte comentário: O Mark Shultz ficou praticamente o tempo todo dentro da guarda do Rickson, que teve muita calma pra esperar o momento certo de ir para as costas de Mark (isso aconteceu umas três vezes). Rickson não se preocupou muito com troca de posições e o finalizou com um triângulo da guarda, Mark ficou tão impressionado que passou a treinar jiu-jitsu direto com o Pedro Sauer. Por não saber como finalizar o Rickson estando na guarda, o Shultz ficou segurando o Rickson 90% do tempo, enquanto teve força pra isso foi muito bom, mas quando cansou...
Allan Góes x Frank Shamnrock
A coisa toda começou quando alguns lutadores de westling desafiaram o Allan, e nisso um japonês chamado Oitate viu o Allan lutar e gostou. Tanto que lhe propós uma luta num evento de vale tudo no Japão. Nessa é poca, o Allan não falava muito bem inglês e pediu para um amigo chamado Franco, ficar a frente das negociações para a luta, só que eu acho que pela falta de experiência do amigo do Allan em termos de negociação para uma luta de vale tudo, o mesmo acabou sendo "passado para trás" pelos japoneses, que na hora do combate modificaram as regras, para favorecer o Frank Shamnrock que sempre foi muito idolatrado no Japão. Então disseram que o Allan deveria lutar com uma bota, uma caneleira e uma joelheira. O Allan finalizou o Shamnrock várias vezes, só que o americano toda vez que estava na eminência de desistir, fugia para fora do ringue, o que era aceitável pelas regras do evento. Além disso Allan teve um grande prejuízo, já que recebeu uma bolsa de $800,00, mas teve que gastar $8.000,00 por conta de uma fratura no pé. Os organizados do evento não bancaram as custas médicas de Allan, que acabou "entrando pelo cano". O resultado da luta acabou sendo o empate, sem dúvida um grande negócio para o Frank Shamnrock.
Bruce Lee, A Lenda do Dragão
...o karateca faz aquecimento num canto do improvisado ring em uniforme e faixa-preta , Bruce entra sorrindo, a jaqueta sobre os ombros e diz simplesmente: Você está pronto? O karateca responde com um grito penetrante atacando direto. Bruce desvia e simultaneamente desfere um direto cruzado "de lascar". Uma saraivada de socos segue e a luta está terminada. Tudo que eu ví foi um "borrão" de Bruce. Duração: 2 segundos. Soube depois que o karateca foi parar no hospital. Ronald Kealoha assim lembra a única luta que assistiu de Bruce Lee durante toda a época que estudou com ele - de 1959 a 1964. Continua Ronald: - "A luta teve lugar em Seatlle". Bruce e o karateca concordaram com esse match porque o karateca havia entrado praticamente invadindo a aula de Bruce e exigido uma luta, ridicularizando seu ensino...seus alunos na época eram Jesse Glover, Jim de Mile, Saky Kimura e Carley Woo.
Rickson Gracie x Yoji Anjo
Tem dia que é melhor ficar em casa. Provavelmente você já ouviu essa frase por aí, certo? Mas certamente o pro-westler japonês Yoji Anjo, não a levou a sério!!! A história teve início, assima: O Takada começou a desafiar publicamente o Rickson, e ele dizia que não lutaria com ele ou outro do pro-westling, porque faziam marmelada (pro-wrestling) e etc... e "rolou" muito na imprensa japonesa esse tipo de desafio, o Takada sempre que podia dava uma alfinetada no Rickson, que já andava uma "fera" com eles, mas sabiamente dizia que se um promotor bancasse a luta, ele lutaria, mas que não era essa a sua intenção , porque ele não tinha nenhum interesse em lutar com alguém que só faz marmelada. Então, num belo dia, os japoneses chegaram de surpresa com a imprensa nipônica na academia de Rickson em Los Angeles, neste dia quem estava dando aula era o Limão (faixa-preta de Rickson). Na verdade quem fez o desafio foi um promotor, Takada não estava presente, na época ele era idolatrado no Japão, mas corriam boatos de que Yoji Anjo era melhor de porrada, por isso foi o escolhido para o desafio contra Rickson. Diante dessa situação o Limão ligou para o Rickson, que não estava na academia, Rickson veio na hora, já com equipamento para filmar a luta. Ao chegar na sua academia, Rickson disse primeiramente que não queria lutar, pois só a faria num evento e por uma boa grana (até deu o valor de sua bolsa). Aí o Anjo, que estava calado, chegou pra perto e disse que Rickson declarou certa vez que também lutava pela sua honra e esperou a reação de Rickson. O Rickson nem deixou o japonês acabar direito a frase e topou na hora, não deixou a imprensa entrar, botou todo mundo pra fora e só deixou entrar o Anjo e o promotor e o rapaz que filmou a luta para o Gracie. Tudo pronto, começou a "peia", mas não tem nem muita coisa pra falar, Rickson derrubou Anjo, montou e ficou dando porrada por uns cinco minutos, depois levou o japonês pra perto de uma parede e jogou a cabeça dele com tudo, nessa o cara já ficou "zonzo", depois começou uma sessão de porradas que desfigurou a cara do Anjo, dente quebrado, olho roxo, boca inchada, foi quando praticamente desfalecido o japonês se virou e Rickson o estrangulou com um mata-leão, colocando o Anjo pra dormir, então Rickson deixou a imprensa japonesa entrar e filmar o Anjo acordando, todo arrebentado. Dias depois, Yoji Anjo voltou a academia de Rickson para lhe dar um presente e lhe pedir desculpas por tê-lo desafiado.
A rivalidade entre Ryan Gracie e Jorge "Macaco" Patino - 1ª Parte
...quando o MACACO entrou na FPJJ, ele se anunciou e disse que o pau iria comer, foi quando o RYAN afinou, mas prontamente foi repreendido pelo seu tio Carlos Gracie Jr, e não teve jeito, um "GRACIE" afinando na frente de quase todos os professores de sampa, teve que brigar e apanhou, pedindo até para o Fábio Gurgel separar, já que seu tio estava perplexo, não acreditando no que via. Separados os dois, Macaco saiu pra rua chamando RYAN pra continuar a briga, mas ele não saia de jeito algum, para desespero de seu tio, que o mandava sair insistentemente para que continuasse a briga. MACACO então,quebrou toda a moto de RYAN, para obrigá-lo a sair, mas não teve ninguém capaz de tirá-lo de dentro da FPJJ, e o máximo que ele fez , foi ficar gritando atrás de seu tio: "Por favor, a moto não, ela não tem nada com isso!".
A rivalidade entre Ryan Gracie e Jorge "Macaco" Patino - 2ª Parte
Desta vez o palco do "combate" foi o bairro do Itaim em São Paulo. Mais uma vez os dois se encontraram e após muitos elogios às mães de ambos, a porrada comeu solta, desta vez o Ryan se deu bem. Logo que começou a briga Ryan deu uma baiana no Macaco e caiu já na posição de "100 Kilos", nisso o Ryan deu uns soquinhos sem muita expressão e o Macaco ficou lá, parado praticamente sem reação, foi quando apareceu um terceiro "lutador", o Hulligan, que era um cachorro da raça pitbull, que se meteu entre os dois e fez uma tremenda confusão, então o Ryan se aproveitou e deu umas porradas no Macaco, que tentou alguns golpes também, mas não arrumou nada. Conseguiram tirar o cachorro de perto dos dois, e a luta continuou, o Ryan estranhamente cansou logo depois, e se afastou do Macaco dizendo: Tá bom, tá bom... Cada um foi para um lado, mas o destino ainda os colocou frente a frente, tempos depois.
Róbson Gracie x Arthur Emídio
...Arthur Emídio só queria saber de capoeira. Tentei arrumar-lhe emprego, recusou. Era um artista, era um bailarino, era um matador. Não iria prostituir-se à toa em escritórios e balcões, tinha o seu ofício, a sua arte, o seu gênio.
– Está bem – eu lhe disse. – Vou lhe apresentar ao Hélio Gracie.
Os olhos de Emídio faiscaram como as pedras lisas do Rio Cachoeira sob os raios de sol.
– Você jura? O Gracie? O grande Gracie? O campeão do vale-tudo?
– Em pessoa.
– Você se dá mesmo com ele?
– Assim. Unha e carne. Ele me chama de Baiano. É Baiano pra cá...
– Ah.
Mas não foi fácil, a praça estava cheia de espertalhões, de falsos lutadores, de capoeiras que se dariam melhor em capoeiras de galinhas do que em ringues de tábuas duras, sem tatame, sem proteção atrás das cordas, ringues improvisados em barracões, ringues que pareciam montados no meio de um circo mambembe de praça de subúrbio.
– Olhe aqui, Baiano, nada feito – me disse Hélio Gracie.
– Mas campeão...
– Desculpe, Baiano, mas esses nordestinos são frouxos.
Às vezes têm físico, têm força e raça, mas não sabem dar um golpe, ignoram a técnica.
– O Emídio é diferente.
– Querem aparecer à nossa custa, ganhar uns trocados.
Esse negócio de capoeira é folclore baiano.
– Campeão, eu só lhe peço uma oportunidade para o Emídio.
– Oportunidade? Sem um teste na minha Academia ele não decola, não fatura nem pra média-com-pão-e-manteiga.
– Pois é o que eu quero, campeão. Uma exibição particular na Academia que é pro Emídio mostrar o seu valor.
O Hélio Gracie gostava de mim, marcou a exibição sem o menor entusiasmo, queria me ser agradável e olhe lá. O meu cartaz com ele era grande, mas confesso que tive de apelar para o meu amigo dentista, o Jaime, a quem ele não recusava favores. Consentiu, porém com uma condição:
– O teste é comigo mesmo.
Uma honra inesperada para Arthur Emídio, que conhecia de cor e salteado a fama de Hélio Gracie e que não cessava de contar a luta Gracie versus Kimura: o japonês meteu-lhe uma chave-de-braço que, se fosse levada até o fim, tirava tutano, deixava o osso exposto, mas o Gracie não bateu pedindo penico. Pois saibam, o Arthur Emídio não me decepcionou. Melhor dizendo, abafou, roubou o espetáculo, assombrou o pessoal que esperava uma luta-treino de dois ou três segundos com o Gracie triunfante e o baiano estatelado no chão. O jogo de Emídio era bonito: dançava, gingava, saltava, parecia esgrimir, suas esquivanças eram de espadachim ou de toureiro, sacudia as pernas de cabeça para baixo, apoiando-se no chão com as palmas das mãos, os pés pareciam amassar a cara de Gracie, mas Emídio freava a tempo o ímpeto, fazia-os recuar frações de polegada ou passar rente ao rosto encovado e ardente do mestre do vale-tudo. Ensaiou martelos, ensaiou rabos-de-arraia, mostrou que sabia bailar para bater, mas ficou na simulação, no simulacro, no meio do caminho, assim como quem não quer, mas vai chegando e prova que se for preciso ele completa a rasteira, aplica o martelo sem dó nem piedade, faz a armada-de-peito, não fica apenas no gesto e na intenção. Os dois de quimono movendo-se um ao redor do outro, o Hélio testando, oferecendo brechas, o Emídio se excedendo nos seus lances de ousadia.
– Este menino é bom – confirmou Hélio Gracie, enquanto enxugava com a manga larga do quimono o suor do rosto.
E a luta foi marcada. A Academia Gracie encontrava enfim um rival digno para um dos seus alunos: Arthur Emídio, capoeira baiano, versus Róbson Gracie, o mais baixinho, porém, o mais troncudo e o de temperamento mais orgulhoso, um rapaz taciturno, filho de Carlos, sobrinho de Hélio. Chamaram o Carlos Renato (cronista), o jornal Última Hora vendeu durante uma semana inteira, com chamadas na primeira página, entrevistas e artigos, "A Luta do Ano", "A Capoeira versus Jiu-Jitsu em Combate Mortal no Palácio de Alumínio", compre o seu ingresso antes que se esgote nas mãos dos cambistas. Eu era o manager de Arthur Emídio. Manager e treinador. Só que se dizia "toalhinha". Numa luta dessas o estado emocional conta muito, é meio caminho andado, por isso larguei o meu consultório por alguns dias, tratei de preparar o meu amigo e conterrâneo Arthur Emídio no plano físico e no plano psicológico.
– Arthur, e se o Róbson tentar lhe aplicar uma tesoura...
– Tem problema não, Zito. Eu me esquivo com um salto e respondo com um martelo fulminante.
Mestre Bimba lhe tinha ensinado o golpe. É, o baiano estava preparado. Fui adquirindo confiança, anunciei a luta, convidei amigos, arrastei pequenas multidões, os jornais fizeram o resto. O jornal "A Luta Democrática" lascou um manchetaço no dia da luta: "Hoje tem sangue no ringue". Seu concorrente,o jornal, O Dia, mais comedido, onde pontificava Santa Cruz Lima com sua cabeleira branca, falou em "Vale-Tudo da Selvageria", garantindo que o capoeira baiano e o representante da Academia Gracie iam entrar no ringue para bater de verdade, um dos dois podia sair carregado. Um coronel da Aeronáutica quis proibir a Luta do Ano, o cronista Carlos Renato lembrou a época dos ringues na Av. Passos e na Gávea, quando muitos lutadores, os mais felizes, saíam cegos ou com braços e pernas quebrados, fraturas expostas. Os amigos me perguntavam alvoroçados:
– O capoeira é bom mesmo, Zito?
– É o maior da Bahia e o maior do Brasil.
– Foi ele que desafiou Róbson?
– Não leu os jornais? Vai ser mole. Ele quase acaba com o Hélio Gracie na Academia.
– O Hélio Gracie? – e eles arregalavam os olhos.
Chegou o dia. Emídio garantiu em entrevistas que o Robson levaria um martelo no peito, assim que ficassem frente a frente no ringue, "e aí eu elimino ele". Washington Kruschewsky Sá, que estudava para advogado, ponderou em voz escandalizada: "Mas aí você pode matá-lo, pode ser processado!" Arthur Emídio sorriu. "Não quero matar ninguém. Vou bater só pra aleijar". Manuel Leal de Oliveira, mais prevenido, consultou uma baiana que jogava búzios nos Arcos da Lapa, ali na altura da Mem de Sá. "A luta será decidida numa fração de segundo", disse a baiana, lendo a mensagem esparramada nos búzios. Mesmo assim Manuel Leal não parou o dia inteiro de repuxar um fio do canto do bigode. Na semana seguinte, me contaram que um macumbeiro foi à tarde ao Palácio de Alumínio. Chamado por quem? Eu é que não fui. Chegou, olhou, fez as suas mandingas, as suas invocações, e "grudou" o ringue para logo mais à noite. O jornalismo esportivo do Rio começou a chegar, os trens desciam sem pingentes para os subúrbios, mas em compensação chegavam apinhados à Central. O Palácio de Alumínio, cheio de ambulantes que vendiam churrasco de carne de gato, pedaços de melancia e rodelas de abacaxi, pipocas e sanduíches de mortadela, parecia uma festiva estação ferroviária à espera do comboio com o presidente da República. O Palácio brilhava dentro da noite, era um Coliseu terceiro-mundista engolindo gente por todas as güelas, gente que ia pedir a morte do gladiador vencido.
Entramos no Palácio de Alumínio e eu levei o maior susto da minha vida, sentindo o coração murchar dentro do peito, um frio no pé da barriga, uma pressão doida na nuca. Era a sensação típica do sujeito que passa a vida numa das últimas filas de cadeiras do teatro, a observar o drama ou a comédia, a ver o filme, a se excitar com o rebolado da Virgínia Lane ou da Nélia Paula, e de repente se vê empurrado para o palco, tem diante de si um mar de rostos, os rostos das primeiras filas são os únicos visíveis, os outros formam indistinta e ondulante maré, e no entanto todos os rostos das primeiras filas são os únicos visíveis, os outros formam indistinta e ondulante maré, e no entanto todos olham para a gente, seguem nossos movimentos, nossos menores gestos, esperam o que vamos dizer. Luzes jorravam em cima de mim, eu, o "toalhinha" de Arthur Emídio, eu, o treinador do capoeira baiano que ia enfrentar o temível Róbson Gracie, o pessoal da Academia sentado em cadeiras especiais do circo ou alí mesmo, num canto do ringue, o Arthur despindo o quimono, esgalgo moleque nas margens do Rio Cachoeira, cintura fina e músculos tensos, sorriso radiante, ah, o sorriso largo, os dentes alvos, ele está deslumbrado, pensei, é a sua primeira oportunidade, os flashes dos fotógrafos estouram, amanhã ele estará nas primeiras páginas, uma câmera de tv já foi assestada, Róbson é mesmo baixo, porém muito grosso de tronco e de pernas e tem a cara fechada, uma cara de quem sente raiva, um jeito soturno de animal ferido, o juiz chama os lutadores para o centro, a multidão silencia, uma fração de tempo, dois segundos, três segundos, nem sei mais, Arthur Emídio ainda sorria, o Palácio de Alumínio era um Anhembi, um Maracanã, naquele dia de Vasco x Flamengo! Durou pouco, quem sabe foi mesmo uma fração de segundo, o pequeno Róbson, que tinha sangue quente, pegou Arthur Emídio pelos ombros, rodou Arthur Emídio no meio do ringue e o estrangulou por trás, o rapaz ainda não tinha malícia, era ainda um ingênuo, ainda um deslumbrado, caiu nas tábuas com um baque que todos ouviram no Palácio e então Róbson Gracie, cheio de raiva, quebrou-lhe os dentes a pontapés e eu bati encerrando a luta, joguei fora a toalha, a multidão berrava "baiano frouxo", eu gritei para o Jaime (meu amigo) "vou embora, você cuide do Arthur", a multidão vaiava "baiano viado", só me lembro que saí correndo, todos os meus amigos estavam ali, o mulherio de Copacabana, moças lindas, gritavam o nome de Róbson, tive a certeza que uma meia-dúzia de homens queria me pegar.
(História enviada por Ronin)